terça-feira, 10 de março de 2009

Geração codificada



Olala,
Daqui a pouco não será mais necessário portar identidade para ser identificar-de. Toda a galera já está carimbada. Que bom. Isto é sinal de que o país vive numa democracia.

Fico me perguntando o que aconteceria se esta geração de brinco na orelha, no nariz, no lábio na língua e em muitos outros locais do corpo, essa galera jovem que traz tatuado no corpo os seus símbolos... se estes jovens sofressem um revés como os cinquentões viveram no período da ditadura.

Hoje a juventude estaria toda marcada. Na geração que viveu o regime militar era proibido ter marcas no corpo. Uma marca no corpo era mortal e servia para ser identificado pelos órgãos públicos que tratavam da repressão.

Uma verruga no pescoço, um sinal na perna direita, sobrancelhas grossas, sinal de corte no braço direito, olhos castanhos, cabelos loiros e por aí afora. Muitos jovens odiavam ter sinais pelo corpo. Um sinal característico acabava na ficha fatídica da repressão.

Hoje os tempos são outros. Que bom! Nenhum jovem pensa mais em se esconder com medo da polícia. Não há teen que não carregue uma tatuagem gravada no corpo. Os olhos castanhos se tornam azuis pelas lentes de contato, a arcada dentária já não é mais torta e dentes são repostos, o cabelo castanho vira multicor...

É bom viver neste tempo. A juventude na sua exuberância multiforme revela que não há limite para se cultivar a diversidade. Então, viva a liberdade.
Pense nisto, enquento há tempo!
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2 comentários:

Tiago S. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

bah professor se puxou nesta fotinho!! mas concordo hoje a junventude não se encomoda mesmo em ter cada um seu própio estilo,seu jeito de pensar.Porém em vários lugares como no mercado de trabalho em certas àreas ainda não é muito aceita.

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