domingo, 22 de março de 2009

Yeda e o Estado mínimo



Escola estadual situada ao lado do Palácio Piratini ostenta, no portão de entrada, uma faixa de empresa privada que comercializa a educação, oferecendo, inclusive seu número de telefone para contato. Imagem denuncia o descaso com a educação pública no RS.

Olala,
O Brasil da Primeira República, até 1930, teve a educação fortemente influenciada pelas escolas particulares. O Estado estava ausente e a tarefa de educar era tarefa do ensino privado, em geral com forte influência confessional.

Na década de 30, com a Queda da Bolsa de Nova Iorque, as oligarquias paulistas que dominavam tiveram uma baixa na exportação de café tendo que recorrer a outras alternativas de desenvolvimento. Foi aí que chamaram Anísio Teixeira que passou a esboçar diretrizes para a educação no país.

No momento de crise, era preciso apelar ao Estado para que entrasse na área da educação, visando organizá-la e normatizá-la.Até então, a escola privada dominava a educação.

Nos 80 anos seguintes, surgiram escolas públicas em vários níveis e modalidades. A educação passou a ser um direito do cidadão e dever do Estado.

Vez por outra, alguns governos esquecem este dever e fazem o movimento contrário. De certa forma é o que acontece atualmente no Rio Grande do Sul. O Estado está deixando de investir na Educação. No ano passado, somente 26% do orçamento público foi investido em Educação. Isto representa mais de R$ 300 milhões a menos para investir na melhoria do ensino estadual.

Esta economia leva a um brutal arrocho salarial no magistério e a um sucateamento das escolas, onde os recursos de manutenção são quase nulos, bibliotecas, laboratórios, segurança estão carentes de pessoal qualificado e fechados.

Mas, para a felicidade geral da gestora, o Estado ostenta um Superávit nas contas, cantado e efusivamente publicizado.

Só não disse a governadora que este superávit e o arrocho salarial visa atender às exigências do Fundo Monetário Nacional que só libera os U$ 1,1 milhão solicitados se houver uma redução de investimentos no serviço público. É por isso que Yeda fecha escolas e repassa alunos para os municípios, paga mal seus servidores, sucateia a segurança, privatiza presídios, enfim, aplica, na prática, a tese do estado mínimo.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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