segunda-feira, 9 de março de 2009

O Brasil dos consensos


Imagem: em resumo, o mapa da riqueza no mundo. O tamanho da área de cada país é representado em proporção da riqueza mundial, segundo o Produto Nacional Bruto de cada nação. (Image: © Copyright 2006 SASI Group (University of Sheffield) and Mark Newman (University of Michigan).

Olala,
Meu filho que está nos USA escreve texto em que refere a visão daquele país sobre o Brasil. Cita matéria da Time, onde os economistas dizem que o Brasil se planeja olhando para o passado e precisa olhar para a frente.

Veja as considerações:
"Leitura inspiradora para brasileiros: The One Country That Might Avoid Recession Is. Interessante reflexão da revista Time sobre o Brasil em tempos de crise financeira mundial, ainda que um pouquinho otimista demais. O Brasil parece estar virando exemplo nos EUA de como fazer as coisas certas. Gostei da visão de que uma das poucas heranças positivas que Lula adotou do nosso passado português imperial é a capacidade de construir consensos. Quando li isso, parei. E pensei.

Via de regra, a historiografia e sociologia brasileiras fazem uma leitura um tanto negativa do passado brasileiro. Fomos colonizados por portugueses - europeus burocráticos, que de tão retrógrados apoiaram a escravidão até a morte (outros países tiveram que nos convencer de que a escravidão não era um bom negócio). O resultado é uma cultura de trabalho pobre, que teme a tomada de riscos, em que trabalho é sinônimo de sofrimento, o que, última análise, justifica nosso atraso em relação ao andar de cima.

Sinceramente, reproduzir essa versão da história só vai nos levar a continuar inferiores, continuar lamentando nossas "desvantagens competitivas", continuar justificando nosso eterno título de país do futuro. De algum jeito, isso tem que mudar. Se quisermos vencer competindo em nível mundial com indianos, chineses, americanos, europeus e japas, temos que nos agarrar ao que temos de melhor, de único e ao que nos dê orgulho, e criar negócios em torno disso. E reproduzir esse exemplo. Reproduzir incansavelmente. Multiplicar por cem. Multiplicar por mil. Multiplicar por um milhão. Reproduzir em escala planetária. Exponencial. Só assim conseguiremos escalar a "montanha" do desenvolvimento e deixar de contemplar outros países como exemplo. Só assim deixaremos de contemplar o Everest. Acordemos: quem faz o Everest somos nós, portanto, mãos à obra: quem se habilita?

Observe: ninguém no mundo tem a capacidade brasileira para construir consensos. Se alguém conseguir aplicar essa capacidade em novos negócios para os quais essa habilidade é essencial, bem vindo à fórmula do sucesso. Vou começar a procurar oportunidades de negócio no sistema judiciário. Empreendedores de plantão, é hora de agir. Assim, quem sabe, daqui a cinqüenta anos, nossos netos possam aprender que o Brasil deu certo por causa, e não apesar, de seu passado."
Acima o mapa mostrando o PIB de cada país, em escala mundial. Percebe-se que a América Latna como um todo, anda encolhida!
Pense nisto, enquanto há tempo!
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