sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Ensino Médio Politécnico
Conferência mostrou força e convicção, mostrando o rumo da educação gaúcha.
Olala,
Acabei de sair da conferência estadual do Ensino Médio Politécnico. Um encontro que reuniu maisde 600 delegados tirados em conferências que começaram no município, na região e entre regiões.
O Ensino Médio, na forma como está, mostrou-se ineficaz para responder aos desafios da formação necessária para preparar o jovem a seguir adiante pra o Ensino técnico ou para a Universidade. Actualmente o Ensino Médio exclui um em cada três alunos por causa da repetência ou do abandono. Há, igualmente, a desmotivação para o estudo onde só em 2009 80 mil jovens gaúchos deixaram de cursar o Ensino Médio.
Preocupado com esta realidade estagnada, o atual governo fez incluir no seu Programa de Governo a mudança do currículo do Ensino Médio, que passa a incluir o caráter politécnico. A politecnia junta teoria e reflete a prática. Assim, as escolas terão a cada ano 200 horas para pensar a realidade do mundo do trabalho e refletir, através de seminários e projetos, formas de inserir o jovem na preocupação com o trabalho. Não se trata de profissionalização, pois isso o jovem obtém somente com um curso técnico.
Toda a mudança gera temor. A angústia pela mudança causa inquietação e incertezas. Mas, para quem ouviu a manifestação dos delegados, tem certeza de que a medida colocada em curso pelo governo gaúcho é acertada.
Perde pontos quem não aceita mudar. A esperança precisa vencer o medo. Não faz sentido a oposição inconsequente que o Cpers faz às políticas do governo Tarso. Na contramão da história, o sindicato prefere isolar-se na rebeldia, tentando tumultuar a implementação de medidas necessárias para dotar as escolas de um aggiornamento.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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terça-feira, 29 de novembro de 2011
Edimburg II
Na Escola de arte, alunos trabalham coletivamente.
Olala,
Em Edinburgh achei tempo para visitar umas escolas secundárias. Em todo o Reino Unido eles têm um sistema educacional diferente do nosso. Possuem creches públicas e privadas e escolas primárias que atendem nove anos. As escolas secundárias são diferentes das nossas. Eles possuem um Ensino Médio de dois anos seguido de uma formação mais técnica de dois anos. Só depois disso é que o estudante pode acessar a Universidade.
Na parte física as escolas são um luxo. Os ambientes são todos climatizados e as estruturas conservadas e limpas. Não há qualquer pichação nos espaços da escola. A pavimentação asfáltica ou de basalto e cerâmica está por todo o lado.
Equipamentos de prevenção de incêndio e sinalização dos ambientes é muito comum.
As sala de aula são equipadas por disciplina. A sala de matemática, por exemplo, é cheia de aparelhos de precisão, esquadros, balanças e instrumentos métricos colocados em prateleiras à disposição dos professores. Cada sala é destinada a uma disciplina diferentemente do sistema brasileiro onde quem circula de sala em sala é o professor.
O professor, aliás, recebe em média R$ 8 mil mensais ou R$ 100 mil anuais. Quando cheguei peguei uma greve dos professores. Há 25 anos o sindicato não chamava greve e eles pararam por um dia. Motivo: o governo decidiu congelar os salários nos próximos dois anos e informou que, devido ao aumento da expectativa de vida que está em 80 anos, as aposentadorias dos trabalhadores saltam dos atuais 65 anos para 68 anos para homens e mulheres.
A Escócia tem população decrescente. As escolas estão perdendo alunos. Eles estudam num turno e, no outro, retornam para atividades complementares. Na escola que visitei, os alunos retornaram para a prática de natação em uma piscina térmica.
O reino Unido aplica 9% do PIB em educação. Nós 4,3%. Fico pensando quanto tempo ainda vai levar para o Brasil chegar aos padrões ingleses de ensino.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Edimburgo, 6 graus
Edinburgo, cidade com construções adaptadas tipicamente ao frio. |
Olala,
Estou em Edimburgo, na capital da Escócia. Depois de passar por Paris, vindo de São Paulo e Porto Alegre, estou aqui na terra do filósofo e economista Adam Smith, Kate Midlleton e Susan Boyle só para falar de famosos.
Mas, é também a terra dos queridos súditos da rainha Elizabet II, adorada e presente em tudo, inclusive nas moedas e notas de Libra que circulam no Reino Unido. O RU não aderiu ao Euro e manteve sua moeda.
Estou teclando no PC de meu filho Fernando que veio para cá há quase dois anos. Inicialmente veio para estudar e aprender inglês, mas deve acabar ficando por aqui onde estuda e trabalha.
Deixei um verão com uma temperatura de 30 graus para cair numa geladeira de 6 graus. Disse-me meu filho que durante meio ano aqui as pessoas vivem no frio. O verão dos escoceses tem uma temperatura média de 12 graus. E acreditem, vão pegar sol numa praia de areia cinzenta e água gelada. Por isso, aqui são todos uns branquelas. Para provocar, presenteei meu filho com um óculos de sol.
Dá para ver como as pessoas são diferentes por aqui. A maioria são altos e loiros de olho azuis, tipicamente de etnias arianas. Muitos, velhos.
Mas o que logo chama atenção a um estrangeiro que chega no Reino Unido é a mão inglesa no trânsito. Fui caminhar na rua e quase fui atropelado. Na hora que botei o pé para atravessar veio um carro e tirou casquinha de mim. Só depois fui perceber que eles usam a mão contrária a nossa. O que para nós é faixa de ida para eles e de volta e vice versa. É, igualmente estranho ver os carros e os motoristas no volante dirigindo pela direita. É uma mudança e tanto!
Estou programado para ficar por aqui uma semana. Mas, antevejo que terei mais tempo sob os telhados cimentícios das construções em série do que na rua. Peguei uma época de chuva e a cada dez minutos cai água gelada por aqui.
Viajei deixando uma greve do Cpers na certeza de que, quando retornar, tenha terminado.
Avante!
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sábado, 12 de novembro de 2011
A tática do Cpers
Opção pela greve tumultua escolas e fragiliza relação com o governo que está fazendo mudanças na educação.
Olala,
Tenho acompanhado os movimentos que o governo e o Cpers têm feito. Na condição de cidadão e militante tenho expressado particularmente minhas opiniões sobre as táticas do governo e do Cpers. Escrevo na condição jornalista e professor que sou. Minha fala não expressa necessariamente a opinião de outros companheiros do governo que atualmente integro.
Andando pelo Rio Grande percebo vozes de sindicalistas dispostos a enfrentar o atual governo. Tarso se elegeu em primeiro turno com a maioria de votos, teve um programa de governo aprovado, mas sua implementação é, agora, contestada por parte das lideranças do Cpers e por parte especialmente de quem não tem identidade com o projeto do atual governo.
O Cpers está chamando a categoria para uma assembléia com resultado definido: ou Tarso paga o Piso, ou o Cpers para as escolas.
É preciso reforçar que, se esta for a condição, com certeza a greve será longa, pois o governo atual não tem recursos para integrar 100% do piso. Tarso garantiu que vai integralizar o Piso ao longo dos quatro anos de governo. Esta é a promessa que não foi desfeita. Para caminhar nesta direção, já pagou 10,91% em 2011 e já colocou no Orçamento de 2012, que está na Assembléia, mais R$ 400 milhões que vão constituir o percentual do piso a ser definido em janeiro próximo.
Mas, quem tem compromisso com o atual governo, tem que saber que, diferentemente do s dois governos anteriores, o atual governo, no seu primeiro ano também garantiu: pagamento das promoções de 2002 para 9500 professores que passaram a ter mais 10% sobre o básico; reconheceu o papel do sindicato ao liberar os dirigentes retidos pela Yeda; abonou os dias de greve e abriu diálogo com a entidade; anuncia concurso público para mais de 10 mil professores e 3 mil funcionários de escola em 2012; acabou com a ingerência externa nos programas de alfabetização (Ayrton Senna, IDC e Geempa); investiu R$ 100 milhões nas escolas e articulou convênios com o Governo Federal que vão garantir mais de R$ 200 milhões para melhorar a infraestrutura das escolas em 2012; projeto Província de São Pedro que garante computador a 100 mil alunos de escolas da fronteira e região metropolitana; está dialogando e construindo com a comunidade escolar, através do debate, o novo Ensino Médio Politécnico e as novas bases do Sistema de Avaliação Institucional Participativa Interna sem destruir a carreira; articulou com o MEC programas que garantem a gratuidade da formação inicial e continuada dos professores efetivos; está construindo uma alteração da Lei da Gestão Democrática e da Autonomia Financiera, para garantir mais democracia e recursos para as escolas.
Por estas razões, o governo Tarso não pode jamais ser caracterizado como os anteriores. Se muito não pode ser feito no primeiro ano, é por que as bases econômicas não permitiram avançar mais.
Entendo que, ignorar o esforço do atual governo pode ser tarefa para quem é oposição ao projeto atual, mas jamais deve ser meta de quem tem o compromisso de implementar o PGE sufragado com a eleição de Tarso.
Se o Cpers decidir greve, como preanunciam as decisões dos núcleos, se estará diante de um desgaste para ambas as partes: Cpers e governo.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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domingo, 16 de outubro de 2011
Sabiá
Sabiá faz o ninho em vaso de floreira.
Olala,
Aprendi, quando estudante, um pouco de latim. Havia uma frase que dizia: natura caret lege. (A natureza tem suas leis).
Nesta semana pude comprovar. AS reprodução das espécies segue um ritmo natural. Conforme o homem avança nos espaços dos outros seres, mais eles desaparecem e mais prevalece a espécie humana.
Somos o ser mais inteligente da natureza. Dominamos e subjugamos todos os demais. Na arca da sobrevivência, perdem as espécies não humanas. Muitas são extintas. Se o ser humano deseja preservar algumas delas, decide confiná-las em ambientes fechados. Os zoológicos só se justificam porque as espécies já não encontram lugar a céu aberto no habitat natural que foi ocupado por fazendas, lavouras cultivadas pelos humanos.
O homem não resiste sem a convivência de outros seres. È graças a eles que acumula as proteínas para prolongar sua vida. Usa seu poder de domínio natural para criar em série, em laboratório e nas manipulações trangênicas, os animais de que precisa para alongar sua vida. Faz jus à expressão "dominai" presente na designação divina ao ser humano dos primeiros tempos.
Quando a natureza chega tão próximo da gente a ponto de uma sabiá por seu ninho num vaso de uma floreira e daí reproduzir a espécie, reflete-se aí o milagre da reprodução da fauna que resiste e convida para o respeito e preservação das espécies.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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sábado, 8 de outubro de 2011
Vaticínio
Rejane, liderança que mantém a coerência de uma trajetória ascendente.
Olalá,
Tem certas pessoas que fazem opções ao longo da vida. Alguns têm dificuldade de sustentar seus princípios e suas convicções.
Conheci a professora Rejane de Oliveira há mais de 15 anos. Na época, liderança da CUT, integrando o Fórum Gaúcho em Defesa da Escola Pública. Tínhamos o 4º Coned pela frente, em Porto Alegre, e ela, como dirigente sindical, contribuiu muito para viabilizá-lo.
Mais tarde, partilhei a construção das táticas visando chegar à direção do Cpers, a maior entidade de representação sindical gaúcha. Estive ao seu lado integrando espaços diretivos da entidade. Sempre vi lealdade e coerência na representação de Rejane.
Hoje eu estou na institucionalidade. Fora do sindicato, embora ainda continue filiado e contribuindo mensalmente ao sindicato. Sou governo e, como tal, devo lealdade ao projeto de governo. Meu papel é de gestor das políticas emanadas do Programa de Governo para a educação.
Rejane está no direção do sindicato. Seu papel e diferente do meu. Em nome da autonomia e da independência de classe, temos que reconhecer que há papéis distintos entre sindicato e governo. Embora, haja pontos de luta coincidentes.
Para onde vai Rejane após seu segundo mandato no Cpers? Embora seja cedo para especular é possível antever que a trajetória desta liderança vaticina voos mais altos em espaços públicos. Quem semeia coerência ao longo da vida sindical, se habilita a seguir adiante na vida pública.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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terça-feira, 26 de julho de 2011
Steve Jobs
Steve com uma de suas inovações
Olalá,
Esta semana morreu Steve Jobs. Para muitas pessoas este personagem nada representa. Para a humanidade plugada nas tecnologia, não há como deixar de reconhecer a contribuição grandiosa deste gênio da informática.
Steve teve uma infância pobre sendo dado para adoção. Seus pais adotivos criaram Steve mas não conseguiram que o jovem se mantesse na universidade devido aos alotos custos. Curioso por informática juntou-se a seu parceiro tecnológico Steve Wozniak, Jobs fundou a Apple Computer em 1976. Durão e insatisfeito, deixou a empresa em 1986 fundando a Next. Dez anos após voltou a Aple onde se tornou o diretor geral.
Na Aple, fez história com invenções que articulam conexões de ships e combinações eletrônicas que revolucionaram os aparelhos eletrônicos. iPhone, iPad, Tablets com interatividade na rede mundial tornaram a Aple uma das mais bem sucedidas empresas do mundo.
É possível dizer que com os inventos de Jobs o mundo da informação e da educação não é mais o mesmo. Com suas tabuletas inteligentes gerações presentes e futuras guiam seu agir.
Em 2005 descobriu que tinha câncer no pâncreas. Resistiu até a semana passada. Eclético e adepto do budismo, Jobs passou pela vida deixando sua genial marca.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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Amy
A imagem ao lado é a última postada no blog de amywinwhouse.
Olala,
Os jornais do mundo todo fazem referência a morte da cantora londrina Amy Winhouse. A jovem rebelde encontrou na música e na rebeldia umamaneira de alcançar a fama com suas melodias irreverentes.
Sou de outra geração e tenho dificuldade de avaliar a fugacidade de uma existência que optou por uma carreira meteórica. Refiro-me ao estilo de vida buscado pela cantora, recheado de drogas e comportamento libertino, anunciando que para ela o que interessava era o sucesso e não a qualidade de vida por mais tempo.
A longevidade não deveria ser meta para esta cantora. E é preciso dizer que atualmente nuitos de nossos jovens optam por escolher métodos de vida que tornam a existência mais curta. A escolha feita por Emy é o tetrato das esclhas de muitos jovens que procuram a emoção intensiva e alucinante como método de vida. O próprio público estimiula e incetiva estas práticas. As produtoras incentivam este tipo de modelo artístico a partir do momento em que levam os shows para os cinco continentes.
Entendo que é olhando a caminhada de uma cantora como Amy que se identifica a crise de valores da juventude atual. Quando os ídolos se estatelam aos 27 anos e são aplaudidos por multidões, fica um questionamento sobre quais são os valores praticados pelas gerações atuais.
Com todo o respeito às opiniões contrárias, mas lamento que o testemunho de vida de Amy winwhouse (win=vinho + house=casa) ou Amy "embriagada" possa ser utilizado como referência a quem desejamos ver construindo vidas logas para pessoas. Amy definitivamente não é um exemplo a ser seguido!
Pensem nisto, enquanto há tempo!
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sábado, 2 de julho de 2011
Espaço escolar
Espaço da rede escolar estadual é mal distribuído.
Olala,
Tenho me debruçado em avaliar o que aconteceu no RS nos últimos anos nas escolas do RS.
Quando trabalhei na gestão de Olívio Dutra tinha as estatísticas que mostravam que havia no RS mais de 3 mil unidades escolares na rede estadual. Hoje são 2.554.
Nos últimos dez anos os novos municípios passaram a investir em escolas que foram retirando os alunos da rede estadual. A municipalização do ensino avançou e fez com que pequenas escolas rurais especialmente as voltadas para o Ensino Fundamental fossem fechadas. O êxodo fez as famílias mudarem para mais próximo às cidades e menos filhos nasceram, pois a natalidade também puxa para baixo a taxa de natalidade. O governo Federal criou o Fundeb e garantiu aos municípios recursos fartos para a construção de escolas infantis.
Esta situação fez com que nos últimos cinco anos a rede escolar estadual perdesse nada menos que 170 mil matrículas.
Estou buscando uma resposta para a indagação: com tantos alunos a menos, deve ter escolas vazias?
Sim. Há má distribuição dos espaços escolares. Dias atrás visitando uma escola em Esmeralda, constatei um conjunto de prédios escolares espalhados por uma imensa área que já teve 1100 alunos. Hoje são apenas 215. Migraram da cidade. Em contrapartida, nas cidades, há escolas abarrotadas de alunos.
Pensar o espaço escolar é saber antecipar a demanda de décadas, percebendo onde devem ser feitos os investimentos públicos.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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Cuba 50 anos
Fidel Castro fez a revolução socialista em Cuba
Olala,
Dia destes, revirando velhas quinquilharias guardadas na casa de meus pais, me caiu na mão uma página do Correio Riograndense, edição de 1960.
Tive o cuidado de ler as notícias do tempo em que eu tinha apenas cinco anos e nem falava ainda o português.
Formado em jornalismo tenho, hoje, o privilégio de interpretar a mídia com um olhar crítico.
No referido jornal, chamou-me a atenção o fato de nele aparecer nada menos que cinco matérias fazendo críticas ao recém instalado o regime cubano. Lá estava um artigo curto dizendo que o socialismo não era a saída para as sociedades. Noutro o cardeal do Rio de Janeiro Don Jaime de Barros Câmara e o bispo gaúcho Don Vicente Sherer faziam severas críticas a intervenção soviética em Cuba e chamavam a revolução de Fidel Castro de "sanguinária". Noutro artigo, o governo brasileiro fazia ressalvas à intervenção soviética, mas com o cuidado de chamar atenção para a necessidade de garantir autodeterminação dos povos.
Passaram-se 50 anos e Cuba desde a revolução e o país mostrou avanços e recuos. Cuba sobressaiu-se na ciência, na medicina, nas artes, no esporte. O regime totalitário não copiou a democracia e censurou a imprensa e o livre comércio. Graças ao regime cubando, durante cinco décadas, não houve fome e miséria na ilha. O bloqueio econômico norteamericano impediu que o regime socialista cubano pudesse ter as condições de properar.
Das repúblicas do Caribe, Cuba ostenta os melhores indicadores per capita e de IDH. Uma nação que restiste convicta de que o socialismo é o caminho.
Pense nisto, enquanto há tempo!
domingo, 22 de maio de 2011
CPERS
Cpers tem eleição dia 28 de junho.
Olala,
Na condição de professor da rede pública estadual concursado tenho a felicidade de integrar uma categoria de pessoas que tem entidade de classe. Poucos servidores, dos muitos que atuam no serviço público, têm carreira. E, muitos com vínculos precarizados estão sem carreira, acabam não entendendo bem a importância de se associar ao sindicato da classe.
Desde a Consitituição de 1988, os servidores públicos podem constituir sindicatos. O Cpers-sindicato é a entidade de representação dos professores e funcionários que atuam nas escolas públicas estaduais. Há cerca de 83 mil associados, uma das maiores bases sindicais desta categoria no Brasil. Somente a Apeoesp tem cadastrados mais associados do que o Cpers.
De três em três anos ocorrem eleições na entidade. Em 28 de junho próximo se dará mais uma eleição. Tudo indica que haverá três chapas. Uma representando a atual direção, com Rejane de Oliveira disputando a reeleição, outra chapa com Simone Goldschmidt e outra com a tradicional representação do movimento Pó-de-Giz.
Embora esteja afastado do sindicato e atuando hoje na esfera governamental, julgo que o associado deverá avaliar o comportamento e a construção histórica feita pelo sindicato no momento de definir seu voto.
Entendo que todo o sindicato, como instância de representação de classe trabalhadora, deve garantir a autonomia e a independência como princípio para se fortalecer na permanente mobilização da categoria. Não interessa à classe trabalhadora que os sindicatos sejam atrelados aos governos. Quando isto acontece, os próprios governos passam a ser enfraquecidos. Se os sindicatos são chapa-branca, ou seja, se são adesistas e fundem seus interesses com os dos governos, perde o governo e perde a classe trabalhadora.
Por isso, é preciso manter os sindicatos combativos, vivos e vigilantes, para garantir que a luta de classes preconizada por Marx continue ativa. Onde isto não acontece, os avanços são menores.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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Estrangeirismos
Língua portuguesa falada no Brasil se sobrepôs à língua tupi-guarani.
Olala,
Tenho acompanhado a polêmica dos estrangeirismos em uso no nosso idioma. O projeto de lei do deputado Carrion Junior proibindo que palavras estrangeiras sejam utilizadas no Rio Grande do Sul gerou controvérsias e estimulou reações.
O projeto estabelece que todas as palavras que utilizamos devem conter termos adaptados para o português, ou mais propriamente para a língua portuguesa aplicada no Brasil que é muito similar ao português de Portugal mas que tem, com a unificação dos tratados linguísticos entre os países, forte semelhança.
No processo civilizatório dos povos, a língua é parte primordial. A colonização do Brasil por europeus trouxe para cá inúmeros traços culturais. Um deles é a língua. Dominados no passado pelo império de Portugal, somos, na América, o único país que fala o português. Somos uma próspera ilha cercada de falas da língua espanhola por todos os lados.
Modernamente e especialmente ante o poderio norte-americano, somos atingidos por uma infinidade de produtos e costumes emandados por aquele império. E, com a influência imperialista, vem junto também a língua. Há também o fato de que atualmente as fronteiras dos países vão ficando difusas e a globalização avança mundo afora tornando o mundo uma imensa aldeia, como preconizou o canadense McLuhan.
Então, qual é o espaço para a sobrevivência das línguas. Pouco. Entendo que as gerações futuras cada vez menos traços culturais próprios terão e, daqui a um século, mais multidões estarão falando a mesma língua. Então, trabalhar no sentido contrário é impedir que a comunicação das gerações futuras. Nossa luta é para acabar com todos os limites impostos por fronteiras. Não será a lei mas a prática das relações entrre pessoas e nações que irá determinar qual é a língua falada pelo povo.
Imagine se, quando os portugueses aqui chegaram, tivessem encontrado uma lei oriunda dos Conselhos Indígenas determinando que aqui só se pudesse falar o tupi-guarani. Nosso destino linguístico seria diferente.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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domingo, 15 de maio de 2011
Osama Bin Laden
Osama, filho [unico de rei saudita tornou-se aliado e rebelde dos Estados Unidos.
Olala,
Osama in Laden É um personagem que passa pela história da humanidade como um herói. Como não podemos conceber que o mundo só tem uma ideologia, a americana, temos que conceber que o mundo árabe, especialmente os países que não se alinham com o império norte-americano, tiveram na resistência oferecida por Bin Laden e a Al Qaeda, um adversário poderoso.
Filho único de uma das muitas esposas do rei da Arábia Saudita, o jovem filho de uma plebéia viu o pai abandonar a esposa e deixar o pequeno Osama aos cuidados de criadas. Osama rebelde desde a infância ganhou a confiança do pai, foi protegido e ascendeu ao poder. Adulto aliou-se aos Estados Unidos na luta do rei que , mais tarde abandonou e passou a perseguir os americanos contestando o império do Ocidente. Viu nos EUA dominadores e organizou a resistência.
Formou uma organização a Al Qaeda e organizou milícias em todo o mundo contra os interesses dos EUA. Em 11 de setembro de 2001 fez o maior o maior revide contra os americanos tendo orquestrado um ataque surpresa jogando aviões nas torres gêmeas, no pentágono e na Casa Branca. Dos quatro alvos planejados acertou três fazendo quase dois mil mortos. O avião que se destinava à casa branca foi contido antes de chegar ao alvo.
Osama e seu grupo deram um olé aos bem preparados estrategistas de segurança americanos, driblando todos planos de defesa e chegando bem perto do poder, com a ousadia jamais vista.
A partir do ataque de 11 de setembro, o mundo não foi mais o mesmo. As medidas de segurança se multiplicaram aeroportos afora e a fúria americana voltou suas investidas internacionais na caça a Bin Laden. Os tentáculos terroristas do líder foram pulverizados em vários países, especialmente em nações árabes.
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No último dia 1 de maio, os EUA anunciaram que capturaram e mataram Bin Laden. Para que seu corpo não fosse motivo de concentrações de adeptos ou fiéis, evitando que seja um mártir enterrado em local visível, os EUA anunciaram que seus restos mortais foram jogados ao mar, assim perde-se a referência de culto.
O fato foi festejado pelos americanos e aliados que estiveram junto no combate a Al Caeda.
Pense isto, enquanto há tempo!
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Armas
Armas não contribuem para uma sociedade que deseja viver em paz.
Olala,
O governo federal está acelerando a campanha que visa retirar de circulação as armas de fogo. Não será através de mais um referendo mas através da conscientização de que uma arma circulando na sociedade é uma risco ampliado de violência.
A sociedade brasileira é uma sociedade pacífica. Somos um povo formado por várias etnias. Temos uma natureza privilegiada e abundante de recursos naturais. Mas, é preciso registrar que, em 1994, quando aqui se fez um referendo, a população brasileira optou por manter a livre comercialização de armas e munição. Nada menos que 64% dos votantes disse SIM mantendo livre o armamento.
Entendo que portar uma arma ou andar armado não é sinal de segurança. Aliás, apoiar-se em instrumentos que geram violência não contribui para a paz que a sociedade quer ver triunfar. Lembro bem, quando um de meus guris apareceu em casa com uma arminha paraguaia de brinquedo e a apontou para minha cara. Entendi que era naquele momento que deveria manifestar meu exemplo ante o filho. Tomei a arma de meu filho e simplesmente quebrei-a. Meu filho, por momentos, chorou e eu fiquei com um sentimento de culpa, mas, hoje, vejo que aquele gesto contribuiu para que nunca mais meu filhos quisesse utilizar armas como brinquedo.
Não sei como me julgarão por este ato, mas como pai me senti no dever de agir com gestos concretos na educação para a paz. Pode ter sido uma bobagem, mas meu gesto certamente dissuadiu uma pessoa, meu filho, para que venha a usar armas como motivo de defesa. A defesa principal de uma pessoa é sempre a inteligência. Quem opta pelas armas de fogo como alternativa de vida, nem sempre vai longe.
Pense nisto, enquanto há tempo"
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Bullying
O Bullying faz mais estragos e acontece mais frequentemente na pré-adolescência.
Olala,
Depois do episódio triste do Realengo no Rio, o Brasil passou a refletir mais sobre as causas que levam ao bullying. Desencadeou-se na sociedade civil e nos órgãos públicos um conjunto de ações que pretendem evitar os fatos que levaram um jovem a matar doze pessoas e a mutilar outras tantas.
No embalo do tema apareceu até um senador que disse estar sofrendo bullying político ao ser insistentemente indagado por um repórter.
O bullying é, de fato, uma humilhação e um sinal de fraqueza. Fraqueza de quem pratica e fraqueza de quem sofre.
Interessante, mas todos nós fomos, em algum tempo da vida, vítimas e autores de bullying. Lembro bem, quando criança, aluno do quarto ano primário, quando do alto de meus 13 anos, alguém de idade similar à minha, disse-me, no caminho da escola, que eu era um "ofia dei tre marenghi". A expressão do dialeto vêneto significa; "uma pessoa sem valor e com três testículos!".
Lembro que a frase dita por um colega de aula gerou uma fúria que me fez revidar empurrando o agressor para dentro de uma açude com mochila e tudo. É claro que o fato chegou à escola e, felizmente, a professora fez perceber o erro dos dois alunos envolvidos.
O bullying acontece na escola, nas família, no clube, no estádio, no jogo e as vezes as pessoas nem se dão conta. Se ele acontece na idade em que aflora a razão e se formam os valores na pré-adolescência, ele faz mais estragos.
Sempre defendi a valorização da diversidade como arma para combater o bullying. Quando as pessoas aprenderem que são diferentes uma das outras e que todos têm direito de viver, acabam as intolerâncias.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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domingo, 10 de abril de 2011
Matança no RIo
Atirador encontrou forças nas armas para causar uma tragédia.
Olala,
Todos ficamos estarrecidos com a violência causada por um jovem de 24 anos no Rio.
Como compreender um fato lamentável como este? Doze mortos e muitos feridos graves. Todos crianças de escola, inocentes vítimas da fúria de uma pessoa que buscou forças em armas para tirar vidas humanas.
Em 1995 eu e outros parceiros percorri o Estado defendendo o fim do armamento entre os civis. Era a oportunidade que o estado brasileiro dava para que se freiasse a comercialização livre de armas na sociedade.
Debatemos, argumentamos, mas parece que a sociedade não entendeu nosso recado. Preferiu ficar com a defesa de que é preciso garantir meia dúzia de empregos que rondam o comércio de armas. Os traficantes de armas, na época, foram os vencedores.
Dez anos depois, assistimos a tragédias como estas. Resultado, ao meu ver, da deliberação que o pais confere á circulação livre de armas. Se houvesse menos armas circulando de mão-em-mão, mais vidas seriam preservadas.
Sou daqueles que acreditam que o território de paz começa na casa da gente e avança na rua. Mas para construir um espaço de paz temos que banir as armas que, ao meu ver devem ter seu uso restrito apenas aqueles que são servidores da segurança pública e que enfrentam a criminalidade.
As sociedades armadas costumam conviver com grandes tragédias. Se era comum assistirmos nos Estados Unidos matanças coletivas, não podemos copiar o exemplo deles e achar que também nós podemos ser grandes convivendo com matanças humanas. Podemos e devemos lutar para sermos diferentes.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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domingo, 3 de abril de 2011
Líbia, Gadafi e intervenção
Estados Unidos e União Européia se juntaram para intervir na Líbia.
Olala,
Como milhares de internautas, sofro o bombardeio de informações desencontradas sobre a intervenção na Líbia. Os jornais do mundo inteiro noticiam que Gadafi é um homem mau, não cultiva a democracia e que, por isto, deve ser vencido.
Sob a égide da necessidade de impor um regime democrático, os EUA e países da OTAN se unem para bombardear o governante daquele país com a clara disposição de destroná-lo.
Tenho tido algumas precauções em me posicionar diante da tática de intervenção externa no país árabe. Sou propenso a acreditar que uma crise causa melhor resultado se for enfrentada pelo próprio povo que a vive.
Veja-se o caso do Egito, onde não houve intervenção externa e o povo foi às ruas para exigir mudanças. O povo deste país deverá encontrar o caminho da autodeterminação.
Não me parece saudável que, a exemplo do que ocorreu no Iraque, os EUA, no afã de impor o domínio sobre as nações árabes, passem a intervir nos países impondo suas normas.
Ao que sei, Gadafi é liderança nascida no país e que, tendo inaugurado o período republicano, operou reformas que possibilitaram avanços em áreas como a educação, infgraestrutura e terra. A Líbia é hoje o país que ostenta um dos maiores IDHs entre os países áreabes.
Desconfio que o potencial petrolífero esteja sendo cotejado e cobiçado pelas grandes economias mundiais nesta intervenção. E, como sabemos, para se apropriar deste potencial a mídia internacional associada aos grandes, utiliza os argumentos que melhor lhe serve.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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Geração petizada
Família do Colorado, nos EUA, mergulhada no plástico.
Olala,
Um ecologista canadense propôs que famílias de diversas partes do mundo reunissem na frente de casa todos os materiais produzidos a partir de matéria plástica. O resultado surpreendeu muitos proprietários e revelou que não há como mover-se nos dias atuais sem depender do plástico.
O uso do plástico vem para facilitar a vida das pessoas, mas traz consigo também perigos. Usado em grande escala na substituição à argila ou ferro na série de utensílios domésticos o plástico também representa riscos à vida humana.
O bisfenol é uma substância nociva que se encontra em grande quantidade nos materiais plásticos.
O uso frequente e prolongado do produto no corpo deixa sequelas e, em alguns países, merece advertências por parte das autoridades da vigilância sanitária.
Se olharmos para dentro de nossa casa, não há como desvincular-se do plástico. Ele é parte do cotidiano e não se pode separá-lo da nossa vida. O uso do Pet nos torna uma geração petizada.
A verdade é que como outras substâncias que alteram a composição natural do homem, o plástico também é uma inovação recente, dos últimos 50 anos. E, estudos dos efeitos destas inovações demandam décadas para ter suas provas. Ou seja, não é possível determinar em apenas uma geração quais os efeitos do plástico sobre a vida humana.
Somente as gerações futuras poderão determinar se o uso indiscriminado desta alternativa foi ou não boa para a humanidade.
pense nisto, enquanto há tempo.
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Plástico up
Plástico aparece cada vez mais no nosso cotidiano.
Olala,
Tenho percebido que minha geração cada vez mais está envolvida no plástico.
O petróleo está cada vez mais presente na nossa vida. Não apenas servindo como energia para o transporte mas chegou na nossa casa, na nossa mesa, através de inúmeros usos em embalagens domésticas.
Lembro dos anos 70, quando no RS, iniciou a construção do pólo petroquímico em Triunfo. Na época, especialmente os ecologistas reclamavam que a instalação da unidade beneficiadora de materiais oriundos do petróleo causaria uma desastre ambiental que atingiria a capital e as cidades próximas. Geraria poluição e afetaria a vida das populações.
Passadas três décadas, o pólo petroquímico está aí operando e empregando milhares de trabalhadores, tornando Triunfo o município gaúcho que possui a maior renda per capita do Estado.
A partir do polipropileno são produzidos uma infinidade de produtos que vêm a facilitar a vida das pessoas e a mudar os comportamentos. Os carros já não são mais pesados porque são feitos de plástico que não enferruja. Peças, utensílios domésticos, comerciais e industriais são moldados a partir do subproduto do petróleo e estão em toda a parte incorporados à nossa vida.
O avanço do Pet já nos contamina e é parte do cotidiano de nossas vidas. Com capacidade de reciclagem, o produto torna-se uma alternativa econômica e contribui para a sustentabilidade ambiental.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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domingo, 27 de março de 2011
Plugado 24h
Interatividade ocupa a pessoa o dia todo, deixando-a com pouco espaço para o descanso.
Olala,
Tenho um amigo de nome Valter. Por causa de seu cargo voltado para as relações internacionais, tem interlocutores no mundo todo.
Confidenciou-me que ultimamente não tem tido sossego. Não pode mais encontrar tempo para descanso. Acontece que com o advento dos meios interativos, apagam-se os fusos horários e todos ficam plugados 24h. Quando estamos dormindo no Brasil, os amigos do Oriente estão em pleno dia e não hesitam em mandar e demandar respostas instantâneas.
O homem vive dias de plugagem total. Passou o tempo em que era possível descansar tranquilo à noite. Agora, por causa dos aparelhos eletrônicos, o sono é interrompido.
Tempos diferentes estes onde a tranquilidade da noite já não dura tanto. Aliás, a dúvida sobre uma notícia inesperada madrugada afora torna o sono menos tranquilo. Contingências de uma época onde as pessoas cada vez são mais enredadas.
- Para o bem ou para o mal? Ouso me juntar àqueles que acreditam que os tempos modernos apresentam a metamorfose ambulante. E, parece que se dá melhor quem sabe se postar melhor neste permanente aggiornamento.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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Plugados
Interatividade permite plugar as pessoas 24 horas do dia.
Olala,
Dias atrás um senhor bem trajado descartou a revista veja ao terminar um voo de duas horas. Como ia seguir viagem em escala, ao perceber que ele ia deixar a revista no bolso da poltrona, tive a ousadia de demandar-lhe a revista para espiar. Ele me disse que já havia olhado a mesma durante a viagem e não a levaria consigo.
Nos minutos de espera, aguardando o desembarque, ficou impaciente com a demora. Alguns minutos iriam ser perdidos entre o estacionamento completo da aeronave e a saída dela para o hangar do aeroporto.
Ao chegar no saguão havia uma multidão em trânsito. Para embarque e desembarque.
Constato que avançou o número das classes B e C que já não viajam mais de ônibus. Foram incluídas no trânsito aéreo, mais rápido e moderno.
Mas, particularmente um fato me chamou atenção na multidão. Aumentaram os meios interativos de comunicação. A espera já não é mais um suplício pois as pessoas carregam consigo um Ipad, um Ifone, um tablet, um celular, um notebook e estão permanentemente plugadas. na viagem, continuam decidindo sobre tarefas na casa, na empresa, no governo.
Um passageiro particularmente me chamou atenção. Estava ele colocado ao lado de uma grossa coluna gesticulando em voz alta e balançando os braços. Talvez tentando convencer o interlocutor pela palavra. Em outros tempos, poderia se dizer que estávamos diante de um louco, pessoa com necessidade especial, ou, como se diz modernamente pessoa com deficiência.
Não, lá estava um vivente portando um aparelho de comunicação pendurado no pescoço e outro preso à orelha tomando decisões. Ao redor ele, ao mesmo tempo uma infinidade de outros internautas também se revezavam em transmitir e receber mensagens.
Aldeia global é isto. Todos falando ao mesmo tempo e, acreditem, se entendendo.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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quarta-feira, 16 de março de 2011
Japão I
Japoneses tem comportamento mais sereno, calmo e meditativo, mesmo ante tragédias.
Olala,
Impressiona-me a calma e serenidade dos orientais diante de tragédias.
Tenho a hora de hospedar três estudantes japoneses chegados ao Brasil há pouco mais de um mês para um intercâmbio na PUC. Estudantes de português, medem as palavras e fitam meticulosamente os movimentos. Até mesmo o ato de tomar uma cerveja é feito com os movimentos medidos, deglutindo, gole a gole, o líquido inebriante.
Pois, tive a oportunidade de acompanhar o drama deles com o acontecimento trágico do tsunami e do terremoto da última semana. Para minha surpresa, os japoneses não mudaram o comportamento deois que seus patrícios foram acometidos da tragédia. Plugados pela internet acompanham passo-a-passo os acontecimentos e não manifestam surpresas.
Dizem que terremotos são fatos comuns para um japonês. Lá, desde cedo, as escolas ensinam como se proteger em caso de terremoto. As cadeiras escolares já vêm equipadas com almofadas que são colocadas sobre as cabeças toda a vez que o prédio balança. A orientação é se postar sob as mesas e, quando pára de balançar, correm para a rua.
Todos eles já revelaram ter passado por situações constangedoras dentro de casa. Eles parecem se impressionar com o temor dos estrangeiros sobre as notícias que vêem do outro lado do mundo. É nesta reação que percebemos com emocianalmente as pessoas tem comportamento diferente mquando a cultura é diferente.
Pense nisto, enquanto há tempo!
Japão
Tsunami arrasou cidades da zona litorânea nordeste do Japão.
Olala,
Não tem como ficar insensível com o que acontece no Japão desde o última sexta-feira. Numa época em que as câmeras eletrônicas estão pulverizados e plugadas em rede, os fatos são instantaneamente refletidos na aldeia global.
Impressionante e dramático ver a água do pacífico avançando sobre a cidade e arrastando tudo o que encontra pela frente. O terremoto de 8,9 graus ocorrido no mar eclodiu uma reação de ondas que furiosamente avançaram nas áreas mais baixas causando uma verdadeira catástrofe.
O Japão que foi martirizado na Segunda Guerra com o massacre das forças aliadas que desabaram em Hiroshima e Nagasaki as bombas, vive agora o drama dos efeitos causados pelo terremoto e pelo tsunami. Mais que isto, o resultado trágico desta devastação natural acaba gerando consequências às populações do enorme e próspero arquipélago.
Além dos milhares de vidas perdidas, tragados pelo mar, casas, fábricas e sonhos são levados pelas águas salgadas do oceano.
Não bastasse isto, os danos causados pelo tsunami e pelos constantes terremotos danificaram instalações de usinas nucleares, gerando pânico e temor de risco visível de contaminação radioativa. O Japão vive o drama de não conhecer ainda dimensão real da tragédia e não saber ate quando vão suas causas.
Pense nisto, enquanto há tempo!
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Escola de lata
Escolas de lata foram alternativas usadas pelo govenro Yeda no RS.
Olala,
Uma pulga atrás da orelha, o calcanhar de Aquiles, a pedra no sapato. Estas figuras de linguagem bem expressam a inquietação revelada pelo governador, pelo secretário e pela sociedade sobre as escolas de lata.
A alternativa foi usada pelo governo anterior como espaço para abrigar alunos em locais onde a emergencialidade exigia salas de aula. O governo Yeda optou pela simplicidade e pela economicidade. Não entendo como uma governadora que morou em casa refrigerada teve tão pouca sensibilidade com as crianças, os alunos de sete escolas estaduais submetidas ao despejo em função de suas escolas estarem desabando. Como socorro emergencial, Yeda apelou para os contêineres, espaço tradicional parao transporte de mercadorias. Neles enturmou crianças, professores e funcionários como espaço escolar.
Em alguns locais onde as escolas de lata foram localidadas, no pico do meio dia, a temperatura chegava a 40 graus. Haja cérebro para suportar tanto calor. Eram lugares mais de tortura do que de aprendizado.
Temos um desafio: extirpar as escolas de lata. para isto, fomos procurar a academia, buscando conselhos na Ufrgs, através de Centro de Edificações vinculado ao Instituto de Engenharia. Lá nos disseram que existem vários materiais e formas de conceber as habitações. Disse o especialista que o latão tem sido o material mais usado para suportar eventuais habitações temporárias, especialmente em obras nas construções. Mas, orientaram que o contêiner é uma forma simplista de abrigar pessoas.
Estamos desafiando a indústria da construção em busca de alternativas humanas que possam abrigar, periodicamente nossos alunos.
Não é possível que a ciência da arquitetura e da engenharia não seja capaz de oferecer soluções mais aprazíveis como espaço escolar. É ridículo admitir que em pleno século marcado por inovações, tenhamos que aceitar a escola de lata.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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Novo desafio na Seduc
Oito anos depois volto à Seduc para contribuir nas políticas educacionais
Olalá,
Tenho deixado meus internautas sem notícias devido às árduas articulações em torno dos espaços de governo. Todos sabem pelos meus depoimentos que tenho e revelo posição política. Desde a fundação do PT e da CUT tenho militado nestas organizações sociais contribuindo como protagonista.
Depois de ter sido vitorioso na última eleição, tendo o melhor aproveitamento de minha vida de eleitor, fui chamado a contribuir na defesa do projeto tanto de Dilma como de Tarso.
Como servidor público concursado, sou funcionário de Estado que acaba contribuindo no Governo na área de minha nomeação: a educação. Desde 1990 sou professor e, como tal, tenho acompanhado o desdobramento das políticas públicas nesta área, como professor ou como assessor.
Por força da necessidade de garantir o projeto educacional, depois de servior ao governo Olívio, volto para contribuir como diretor administrativo da SEC, que já se chamou SE e agora se chama Seduc.
Entre minhas responsabilidades está o ordenamento de despesas da secretaria que tem o maior orçamento do Estado, 35% da receita própria líquida, ou algo em torno de 6,2 bilhões, além de responder pelas licitações, contratos e obras.
O desafio é grande mas, como diz Paulo Freire, a gente aprende na caminhada.
Temos a tarefa de garantir a sustentação do aparelhamento tecnológico e da recuperação física das 2.590 escolas da rede pública estadual. Não é pouco, mas estou disposto a seguir , em equipe, desdobrando este desafio.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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