quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Cuba acaba o bloqueio dos EUA

Obama e Castro acordam o fim do bloqueio.

Olala,
Nasci ouvindo frases desabonatórias a Cuba. A ditadura e parte da Igreja semearam o terror e o ódio contra o socialismo cubano. A imprensa também caminhou nesta mesma lógica por séculos. O inimigo sempre foi retratado como se morasse numa ilha do caribe. o imperialismo norte-americano usou de todos os meios para rebaixar Fidel e sua ilha negando tudo o que vinha do arquipélago.

Até os gibis do Walt Disney entraram em cena criando os "metralhas", homens fardados com a roupa de Fidel, vindos de uma ilha, e sempre dispostos a estrepulias voltadas ao mal. Cresci num ambiente cultural que prega ódio a Cuba.

Rebelado com tal bombardeio, resolvi participar das CEBs (Comunidade Eclesial de Base) nos anos setenta para compreender porque um país tão pequeno sofria tanto bombardeio. Resisti às investidas da ditadura de meu país que mandava silenciar todos aqueles que se levantassem contestando o regime. Eles queriam um capitalismo puro que consolidasse os privilégios seculares das elites. Os tentáculos desta repressão se alongaram para o período da abertura política dos anos 80 onde, na Universidade era censurado apenas por dar guarida a textos de Paulo Freire e Leonardo Boff. Mas, a história continua e os radicais capitalistas também se vão.

Como eles, também envelheço e assisto, agora, a aproximação de Cuba aos Estados Unidos. Depois da queda do muro de Berlim, entendo que não faz mais sentido manter muros entre as nações. Os bloqueios econômicos como o praticado pelos Estados Unidos desde 1963 já não se sustentava. Muitos países - incluindo o Brasil - aliado dos Estados Unidos, já negociava abertamente com Cuba. Então, entendo que o levante do bloqueio e a sinalização de Obama no reatamento de relações diplomáticas com Cuba é mais um gesto que, com certeza, beneficia a poderosa economia norte-americana que viu a oportunidade de ampliar sua base comercial.

Se a medida será boa para os cubanos, só o tempo  irá contar.
Pense nisto, enquanto há tempo"
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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Sobre assenso de massas


Neoliberalismo gera individualismo na população. 
Olala,

Polemizei com colegas de diversas matizes o que significa hoje mobilização de massa. Já escrevi neste espaço que vivemos tempos em que há o refluxo das mobilizações, com o desaparecimento dos atos unitários ou coletivos dos movimentos sociais.

Disse e já escrevi que o Brasil ficou mais distante de uma revolução proletária. E razões não faltam para esta assertiva. O descenso das massas é decorrente de dois fatores, ao meu ver: primeiro é resultado concreto das políticas neoliberais iniciadas nos anos 90 e que, vieram acompanhadas do fim do muro de Berlim e da abertura de Cuba à sociedade de consumo. Ficou mais difícil defender a revolução proletária e os princípios do socialismo numa sociedade embebida pelo transformismo que preconiza melhorias sem reformas estruturais pela base.

Segundo, a existência de governos populares como o de Lula e Dilma, que garantem benefícios sociais como casa, universidade, bolsa família, e associados a uma situação de baixo desemprego, geram condições impróprias para a mobilização de massa.

Sabe-se que o Brasil ainda vive uma situação inferior a muitos países, com índices elevados de analfabetismo, falta de infraestrutura indicadores sociais não compatíveis com o mundo desenvolvido, mas aceleramos a caminhada na última década.

Embora alguns sonhem com revoluções, a realidade hoje é outra e demanda táticas e estratégias que já não se apoiam em grandes manifestações.

Pense nisto, enquanto há tempo!

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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

2030 é o pico populacional

Gráfico do IBGE mostra população estabilizada em 2030.



Olala,

Tenho observado os dados do IBGE que apontam para uma redução gradual da taxa de natalidade no Brasil nos próximos anos. Segundo o IBGE, no ano de 2030 o Brasil terá estabilzado sua população e começará a ter mais idosos do que nascimentos.

Quais os reflexos desta situação?

Inicialmente é preciso dizer que com menos nascimentos, reduz a mão-de-obra e os salários tendem a subir. A falta de trabalhadores irá empurrar para baixo o desemprego e possibilitará que mais pessoas possam acessar o mercado de ttrabalho. Mas, o que temos observado em países onde a população´há anos é negativa, é o ingresso de cada vez mais tecnologia visando compensar a falta de mão de obra.

Não pense o jovem que este alento futuro irá facilitar a vida. Haverá uma seleção cada vez mais rigorosa para os melhores empregos o que exigirá, sem dúvida formação qualificada. Quem não se preparar para o futuro de competição terá emprego mas será em locais de pouca remuneração e em espaços vulneráveis.

Outra consequência será a estabilização da cosntrução civil. Ainda temos carência por habitação, mas chegará o tempo em que não haverá mais necessidade de construir novas moradias tendo em vista a falta de compradores. As novas moradias serão mais seletivas e melhores do que os atuais "pombais" feitos atualmente.

E, nas cidades do interior, assistiremos aumentar as cidades fantasmas porque o fenômeno da urbanização nos grandes centros será inevitável, a exemplo do que acontece onde a população é negativa. Menos pessoas, teremos menos consumo e economia menos forte. A qualidade primará sobre a quantidade.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Reformas no Brasil

Congresso sem legitimidade para reformas da Carta.
Olala,
Há tempo estou acompanhando os movimentos políticos que visam modificar o atual sistema eleitoral e tributário vigente no país.

Recém eleita, a presidente Dilma acenou com um plebiscito para consultar a população sobre que tipo de reforma política o povo gostaria. Mas, rapidamente parlamentares da fortalecida oposição se apressaram em discordar da presidente e negar o plebiscito, afirmando que as reformas têm que ser centradas no Congresso onde estão os representantes do povo. E, contrapuseram com um referendo, que seria feito após o Congresso aprovar o que entende como viável nas duas reformas.

Confesso que sou cético em aceitar que o atual Congresso fará reformas profundas que venham a mexer no sistema eleitoral ou no realinhamento de tributos arrecadados por municípios, estados e união.

Uma reforma profunda na Constituição só acontece se houver uma constituinte exclusiva, com parlamentares eleitos exclusivamente para esta finalidade. Foi assim com a composição congressual de 1988 cuja atribuição de modificar a Carta Magna do país foi delegada ao eleitor um ano antes. Mas, pela configuração política atual, não há garantias que uma nova Constituinte seria avançada. Há o risco de que possa suprimir os direitos conquistados em 1988.

Embora veja legitimidade na escolha dos atuais deputados e senadores, não vejo motivação para que estes passem a efetuar reformas profundas como é a alteração do sistema eleitoral e tributário em vigor no país. Muitos parlamentares só conhecem as artimanhas do voto financiado por interesses privados e, eleitos, criarão formas para impedir que seja modificado o sistema de recondução ao poder.

Meu vaticínio: ouviremos falar muito sobre possibilidade de reformas, muita discussão, mas nada mudará porque nem a presidente eleita, nem o Congresso tem a legitimidade conferida pelo eleitor para modificar profundamente a Constituição.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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Teorias da evolução

Igreja reconhece teoria evolucionista.
Olala,
Esta semana os jornais trouxeram a notícia de que o papa Francisco reconheceu a teoria do Big Bang na formação do universo.

Desde criança aprendi que foi Deus que criou o céu e a terra, nos moldes que o catecismo cristão ensinou baseado no livro do Genesis, afirmando a chamada teoria criacionista.

Outros papas como Pio 12 e João Paulo 2º já haviam admitido a hipótese, mas a Academia Pontifícia de Ciências do Vaticano jamais haviam aceitado incorporar a teoria.

A afirmação do papa latino-americano vem afirmar que a Igreja aceita o estudo científico que mostra como se deu a evolução através do tempo. Fica claro também que na concepção religiosa, admite-se teoria diversa, pois cada linha a da ciência e da fé, tem bases diferentes para a formulação de suas teorias.

Entendo que com a afirmação do papa não há polêmica, mas a aceitação de que cada linha de pesquisa admite razões para seu princípio.

Entendo que esta discussão é profícua para fazer as pessoas pensarem sobre o sentido da existência. Num determinado momento, surge a vida que tem uma trajetória infinitamente efêmera e se vai, deixando espaço para outros. E, como habitat, uma pequena parte do universo chamada Terra, se movendo em forma de esfera circulando ao redor do sol em alguma direção do universo que não se sabe para onde e até quando.

Sinto-me privilegiado de ter brotado e crescido neste diminuto espaço disputado por milhões de seres e poder minimamente compreender que minha trajetória tem que ser marcada para preservar, conservar e semear a bondade. Sinto-me premiado e agradecido por estar aqui.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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terça-feira, 28 de outubro de 2014

A vitória de Dilma

Ascensão social garante vitória a Dilma
Olala,
Foi sofrido, mas valorizou ainda mais a vitória. Sair do pleito nacional com a eleição de um quarto mandato pelo PT é feito histórico. Nunca aconteceu no período da democracia que um único partido fez o presidente por quatro vezes sucessivas.

Isto só foi possível porque o PT não concorreu sozinho. Juntou na concertação política um leque de partidos que guardam forte identidade com o eleitor e, numa coalizão, venceram.

Dilma é presidente também devido às políticas que implementou. Políticas que resgataram os mais pobres trazendo-os para classes mais elevadas e tendo acesso aos benefícios que historicamente permaneciam como privilégios da classe média e dos ricos.

Não dá para ser ufanista e dizer que a ascensão social engrossou a classe média porque ainda falta a plenitude da qualidade na formação, emprego, habitação, saúde e previdência.

Olhando o mapa da vitória de Dilma, percebe-se que ela venceu nas regiões mais pobres e Aécio venceu nas mais ricas. Entendo que prevaleceu foi o voto estomacal. Onde as pessoas sentiram a presença do governo, especialmente em programas como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, o Prouni houve maior adesão ao voto em Dilma.

Diferentemente a outras eleições, onde houve um debate mais programático, observei que esta eleição foi marcada pelo bate-e-rebate entre as candidaturas, num jogo de marketing que não serviu para posicionar o eleitor.

Agora, Dilma deverá mostrar eficiência em no governo pois terá uma oposição forte disposta a apostar tudo para que o atual mandato finde em dezembro de 2018.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Democracia sem partidos?

Siglas diferentes, programas similares.
Olala,
Tenho percebido que alguns candidatos se apoiam em campanhas que escondem o partido. Nos manifestos e propagandas, preferem literalmente esconder o partido ao qual estão filiados.

Esta estratégia acaba desacreditando a construção partidária e tenta fugir da vinculação do candidato para este ou aquele partido.

Por que isto acontece? Já escrevi que a estrutura partidária brasileira é excessivamente inchada, formada por 32 partidos, mas que acabam se escondendo no momento da eleição.

Numa campanha eleitoral vale tudo para sensibilizar o eleitor.

Como a imagem dos partidos, em geral, não é confiável, as candidaturas procuram esconder os partidos e apostam em clichês novos centrados nas pessoas. Uma tática que, em geral dá certo, num tempo em que os partidos sofrem descrédito popular.

Mas, para onde caminham as táticas que enfraquecem os partidos?

Tenho comigo que as grandes democracias sempre são assentadas em partidos fortes. Poucos e representativos. A pluralidade partidária confunde, atrapalha, ofusca a mente do eleitor. Ele fica anestesiado com tantas siglas e, como em geral, não possui formação política, não sabe diferenciar o que muda de um PP para um PSol. Devido aos escândalos que se processam no país, o eleitor tende a generalizar todos os partidos e a descrê-los como alternativa política.

Neste cenário, crescem os aventureiros, os personalistas, os nacionalistas ou aqueles que sabem vender imagens de uma política cada vez mais desarticulada dos partidos. São fórmulas que se bem servem para chegar ao poder, apresentam deficiências na hora de negociar e flexionar princípios programáticos. Todos querem a boa política, mas será que ela é possível sem o fortalecimento dos partidos?
Pense nisto, enquanto há tempo.
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Acessibilidade universal

Lixeira, poste e árvore. E o pedestre?

Olala,
Há deveres que as pessoas cumprem somente quando são demandadas. As pessoas lembram da importância da existência de um bem quando ele falta. Basta acontecer um apagão no meio da noite para ver o alvoroço que a situação causa.
Na política também é assim. Quando programas que beneficiam o povo são desarticulados por governos, o povo reclama. Durante uma eleição ninguém lembra dos direitos que deve manter. Quando falta água como ocorre atualmente em cidades como São Paulo, as pessoas passam a perceber a importância da água como bem público.
O direito só tem eficácia se está na cabeça das pessoas.
Em geral, as pessoas têm uma vaga noção de seus direitos e deveres.
Dias atrás, percorrendo uma cidade do interior durante a campanha eleitoral deparei-me com uma cena inusitada. Caminhando pela calçada de uma vila, fui interrompido pela passagem de um poste, uma lixeira (aliá, duas!) e uma árvore, todas soberanas plantadas no passeio público. Embora seja uma via de pouco fluxo, fui obrigado a utilizar o leito da rua para seguir adiante.
Fiquei imaginando qual é o conceito de acessibilidade que têm a pessoa (i)rresponsável pelos anteparos. É bem provável que nunca tenha pensado que a calçada é um direito público e mantê-la livre é um dever de todo o proprietário.
Remeti a foto acima para a prefeitura local na certeza de que possa orientar sobre a irregularidade. Espero, daqui a quatro anos, ao retornar, encontrar a calçada livre.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Artimanhas para vencer

PT ameaçado deperder o poder.
Olala,
Uma eleição envolve uma engenharia política que ultrapassa os princípios partidários. Como um jogo de interesses, alcança o poder quem consegue sensibilizar mais o eleitor sobre suas propostas de futuro.

Os partidos, para chegar ao poder, necessitam obrigatoriamente fazer alianças. Na pulverização de partidos que há no Brasil, é impensável um único partido se apresentar numa disputa nacional e lograr êxito.

Então, os partidos se obrigam a realizar alianças. Juntam-se em blocos onde o que prevalece não é afinidade programática. Há a junção pragmática visando obter a vitória.

Há três gestões, no Brasil, o PT hegemonizou uma aliança com apoio de partidos de centro esquerda como o PMDB, PTB, PDT, PSB, PCdoB e outros partidos de menor expressão, obtendo vitória eleitoral. Mas, na eleição de 2014, sem o PSB a coalizão que tem Dilma candidata perdeu votos no primeiro turno.

A dissidência de Marina Silva da coalizão petista na eleição passada e sua repetição de votos na atual eleição faz dela uma "noiva" cobiçada tanto por Aécio como por Dilma. Marina deverá apoiar Aécio, do PSDB, provando que cada vez menos o que interessa, numa disputa eleitoral, é o programa partidário. Ou, será que Marina, antes mesmo de criar a Rede, sinaliza que seu futuro partido terá viés de direita?
Pense nisto, enquanto há tempo!
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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

O mapa do primeiro turno no RS

Serra centrou votos em Sartori
Olala,
O resultado eleitoral mostra onde ganhou o Sartori(verde) e onde ganhou Tarso (vermelho) e a Ana Amélia (lilás).

No desenho ao lado é possível perceber pelas cores como ficaria pintado o Estado com os votos dados no primeiro turno.

O pleito de ontem trouxe uma certeza: a de que as pesquisas falham feio. Perdem a credibilidade quando divulgam um resultado que não se confirma no final. A tal de margem de erro deveria ser de 30 pontos para mais ou trinta pontos para menos, o que convenhamos, deixa qualquer vivente confuso.

Como muitos, eu havia vaticinado e escrito neste blog há uma semana que o adversário de Tarso seria Sartori. As pesquisas enganaram o eleitor e não atestaram isso.

Quem circulou na Serra e sentiu no contato com o eleitores a preferência pelo "gringo" não tinha como achar que ele não iria avançar para o segundo turno.

Agora é tempo de reflexão. Meu penatavoto ficou adiado. Agora, por dever militante, vou torcer para um tetravoto. Mas, confesso que será uma parada dura pela frente. Os marqueteiros terão que estudar bem as táticas e estratégias eleitorais, principalmente na mídia de rádio e tevê que será decisiva para cativar o eleitor.

Com dois candidatos que tem ligações com o projeto nacional de Dilma e Temer, a campanha será voltada mais para analisar a contribuição dos PT e do PMDB ao projeto no RS, onde os dois partidos nunca realizaram aliança.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Ovos ao invés de carne?



Sugestão de servidor vira mote eleitoral.
Olalá,
O programa do PSDB explora uma a afirmação que atribui à Dilma que teria afirmado que para aliviar a economia do brasileiro, seria melhor ele consumir ovos do que carne.
Ouvi a informação e duvidei que tivesse saído da boca da presidenta.
Curioso, fui atrás da informação usada como gancho no marketing eleitoral do adversário de Dilma.
Na verdade, a afirmação não foi feita pela presidenta Dilma, mas pinçada de uma fala do secretário de política econômica do Ministério da Fazenda que comenta as alternativas que as famílias têm para driblar os altos custos da carne.
É o tipo de afirmação que, feita durante o calor de uma campanha, gera controvérsias. Sempre afirmei que durante o período de campanha eleitoral muitas informações são esquentadas visando forçar entendimentos equivocados. Mas especialmente para fazer balançar a opinião pública.
Sobre o tema, a informação correta é a de que Dilma atribuiu como “extremamente infeliz” a fala do servidor do Ministério da Fazenda, Márcio Holland. Segundo ela, a frase é errada porque não reflete programas sociais dos 12 anos dos governos de seu partido. Perguntada sobre a notícia, Dilma disse que “jamais daria esse conselho porque acho que as pessoas têm direito de comer carne, ovo e frango. E acho que uma das grandes vitórias do meu governo e do governo Lula foi tirar o Brasil do mapa da fome e colocar proteínas na mesa do brasileiro”, ressaltou. Dilma disse que todas as pessoas erram e que ninguém merece ser crucificado.
Por isso, é comum o marketing eleitoral explorar as fraquezas do adversário, pinçando frases ditas por personagens do segundo ou terceiro escalão que possam servir de gancho para confundir o eleitor. Afinal, neste momento, o foco das atenções é voltado para o governo com um todo.
Pense nisto, enquanto há tempo.
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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Sartori, o adversário

Sartori adversário de Tarso?
Olala,
Olho no retrovisor destas eleições e percebo que alguns fatos se repetem. Tenho opinado em comentários anteriores sobre ascensões e quedas dos candidatos.

Quero fazer mais um vaticínio. Será Sartori o adversário de Tarso no segundo turno das eleições a governador.

A história das eleições e o perfil do eleitorado gaúcho me permitem dizer que  quem irá enfrentar Tarso no segundo turno das eleições no RS não será a Ana Amélia, mas Sartori.

Ele passou todo o período de campanha eleitoral incólume, apenas apresentando suas propostas e não sendo atacado por ninguém. Correu solto. Nem Ana Amélia, nem Tarso fizeram qualquer senão ao candidato do PMDB que vem acumulando pontos a cada pesquisa.

Lembremos do episódio verificado na eleição de 2002. Tarso candidato se degladiava com o adversário mais próximo, Britto, e Rigotto estava lá embaixo, escondido nas pesquisas e foi galgando degraus até chegar ao topo vencendo Tarso.

A política tem surpresas.

Como petista, eu estou lutando para conquistar um pentavoto, algo inédito na vida de um eleitor. Mas, temo que esta conquista não venha plena. É preciso cautela diante das circunstãncias que um pleito eleitoral apresenta.
Pensem nisto, enquanto há tempo!
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terça-feira, 9 de setembro de 2014

O poder e as cerejas no bolo


Quem detém o poder coloca as cerejas no bolo.
Olala,
Na política há coisas que marcam, que ficam. É inimaginável como alguns constrangimentos demoram a sumir da mente. Um deles, que ainda permanece na memória é o de encontrar quatro policiais de arma em punho toda a vez que abro aporta de minha casa. Ocorre que esta cena foi gerada há cerca de oito meses, quando, sem qualquer culpa, acabei sendo inspecionado por denúncias que não sei de onde partiram. Os policiais, cumprindo sua função, bateram à minha porta em busca de indícios de delitos, mas não encontraram nada. Queriam achar dinheiro, documentos, armas, drogas.

Esta cena, que pode ser comum a qualquer gestor público, gera traumas que só se esvair com o tempo.

Mas, há situações que também ferem a consciência e não estão ligadas a nenhuma investigação. Trata-se das insensibilidades no momento de comemorar conquistas.

Dias atrás, saiu o resultado anual do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) que mede o desempenho de alunos do Ensino Fundamental e Médio das escolas do país. Aponta os estados e níveis de ensino que avançaram ou recuaram. Fiz matéria sobre isto.

Pois, o RS acabou, nos últimos três anos, avançando. Atuando como diretor administrativo, fazendo e melhorando escolas, contribui especialmente na melhoria da infraestrutura que possibilitou, entre outros motivos, a elevação dos índices do RS.
Pois, o secretário de educação convidou uma equipe de assessores e diretores da Seduc para comemorar o feito. Eu assisti a distância e, confesso, senti a discriminação por não ter sido
Pense nisto, enquanto há tempo! 
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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

IDEB mostra avanços no RS

Nota 10
IDEB revela que RS está no rumo certo.
Olala,Recebo a notícia divulgada pelo MEC na última sexta-feira, 5.9, dando conta que o Rio Grande do Sul avançou na avaliação do IDEB em todos os níveis avaliados.  

O IDEB é uma prova feita anualmente pelo governo federal  com provas de matemática e português para alunos da 4ª e 8ª séries (5º e 9º anos, respectivamente) do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio de escolas públicas e privadas.

O resultado das provas apontou que o Rio Grande do Sul melhorou os índices. No Ensino Fundamental , o RS passou de 5,1, em 2011, para 5,5 em 2013 e nos anos finais do EF, de 3,8 para 3,9. Já no Ensino Médio, o RS que passou de 3,4 para 3,7 em 2013. Este é o melhor IDEB da rede estadual desde a criação do Índice, em 2005.

É no Ensino Médio que se verificam os melhores avanços especialmente quando se avalia a taxa de rendimento no Ensino Médio. Em 2011 o aproveitamento era de 66,3%, ou seja, um em cada três alunos que ingressavam neste nível de ensino se evadia ou repetia o ano. Agora  em 2013 este índice de aproveitamento é de 73,5%, com destaque para o 1º ano do Ensino Médio, que aumentou 9,5%.

O secretário de Educação Jose Clovis de Azevedo atribuiu aos investimentos feitos na área da Educação a melhora dos índices do IDEB, considerando à introdução da pesquisa no currículo escolar, a recuperação de espaços físicos de escolas, mais recursos para equipamentos e mobiliário, maior investimento na formação de professores e modernização tecnológica da rede a reestruturação curricular.

É inegável que o aumento de investimentos, um sólido programa de formação espraiado no Estado e que alcança todos os professores, a valorização através do reajuste salarial, as promoções e concursos, juntamente com as melhorias nas condições físicas escolas possibilitam este avanço.
Em educação, não há saltos, mas dependendo das políticas que o gestor implementa, os resultados recuam ou avançam.
ense nisto, enquanto há tempo!
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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Cadê o cartaz do governador?

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Cartaz de Tarso entrou tarde na campanha.
Olala,
Estratégia eleitoral chama-se a atividade dos especialistas em marketing político. Quando se pensa em lançar um candidato a governador, logo se pensa no arsenal de propaganda necessário para que a campanha tenha êxito.

Há decisões que podem elevar ou rebaixar o candidato. Um candidato que sobre repentinamente também pode despencar na mesma velocidade. Se o marketing for bem feito, o candidato que tem virtudes só sobe.

Todo o bom marqueteiro pensa as estratégias de campanha e os materiais ao longo de toda a campanha.

É imperdoável que para eleger o governador Tarso os marqueteiros esqueceram de confeccionar cartazes de colagem e de rua com a imagem o logo e o número do governador. É um erro primário. Só lembraram disso na metade da campanha, alertados pela reclamação da militância. Alguns candidatos proporcionais se apressaram colando sua imagem a da majoritária e supriram , em p0arte, esta falha da coordenação da campanha a governador.

Fico me perguntando se os responsáveis pelo marketing queriam aplicar um golpe no governador. Confiaram apenas na internet, no rádio e na tevê. Como não perceberam que os programas na tevê não chegam ao interior do estado. Lá tem a parabólica que pega a propaganda do centro do país. E a internet, ainda que badalada, é um espaço eclético que não ajuda afirmar a imagem de um candidato.

Tarso percebeu o erro de sua equipe ao reclamar que não vê propaganda da majoritária espalhada pelo interior. Disse isso – aliás não deveria ter dito! – em comício realizado em Caxias do Sul onde atribuiu à militância o erro de não ver sua imagem espraiada no Estado.



Logo, o governador Tarso terá que determinar que seus marqueteiros retomem, no meio da campanha, materiais que foquem sua imagem e a de Olívio. E, assim, ele poderá retornar ao tipo das pesquisas rumo ao segundo turno. É a única forma que vejo neste momento para Tarso poder voltar ao Piratini.Pense nisto, enquanto há tempo!

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Dilma, Marina e Aécio

Dilma realista, Marina sonhadora e Aécio idealista. 
Olala,
Pediram-me para desenhar uma imagem que retrate o cenário eleitoral nacional há um mês da eleição de 5 de outubro.
Lá vai. O desenho ao lado mostra como vejo o pleito eleitoral no momento.
Dilma está assentada sobre bases sólidas construídas ao longo de três mandatos. Com eleitorado consolidado precisa crescer se quiser ganhar no primeiro turno.
Como adversária principal está Marina, a sobrevivente de uma chapa que perdeu Eduardo Campos no dia 13 de agosto. Ela e o  vice, Beto Albuquerque, navegam sobre o emocionalismo da morte de Campos. Como ex-integrante da base do presidente Lula, Marina é cria do próprio PT e se credenciou a ir longe depois que foi Ministra do Meio Ambiente, desertou e tornou-se candidata do PV a presidente, fez 20 milhões de votos e agora retorna com força identificada com a causa da sustentabilidade.
Como o eleitor brasileiro não é um sujeito  intelectual mas um ser passível de influências emocionais, Marina torna-se uma potencial alternativa, aparentemente despida de desgastes políticos e com pouca rejeição.
Aécio Neves, com seu discurso vago e sem precisar suas propostas, deve continuar naufragando até atracar nos limites históricos dos filiados ao PSDB de colégios fortes como São Paulo onde tem chance real de fazer o governador. Aliás, é visível notar que o PT, devido ao episódio do Mensalão, tem dificuldade de avançar com Dilma em SP, estado base dos mensaleiros.
O pastor Everaldo, como Emayel, esá sepulto no radicalismo de teses religiosas. Sobrevive em índices próximo ao chão. Aproveita para fazer pregação religiosa no programa eleitoral achando que o Estado deve deixar de ser laico.
É visível que viveremos dias futuros de dificuldade econômica gerados pela crise mundial. Com um PIB rebaixado precisamos de pulso forte no governo pra conduzir a travessia. E não será apostando numa presidente sem partido e, portanto, sem base de apoio, que garantiremos os avanços obtidos na última década. É meu desenho da situação.
Pense nisto enquanto há tempo!
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terça-feira, 2 de setembro de 2014

O efeito Marina

Marina ou Dilma, Dilma ou Marina?
Olala,
- O que está levando o eleitor brasileiro preferir Marina em vez de Dilma?

Embora estejamos a um mês da eleição, me arrisco a analisar o quadro eleitoral que está levando temos aos marqueteiros.

Tenho escrito anteriormente que o que se verifica nas eleições no país é um sentimento que nasce mais da emoção e menos da razão.

O fato de repentinamente o eleitor depositar a confiança em Marina revela uma vontade de mudar a política e aspirar um novo momento econômico. marina é empurrada para cima sobre o descontentamento gerado pela incerteza na economia que se apresenta em situação de recessão. O próprio governo, através de seus gestores e dados, atestam que estamos abrindo momentos de crise e dificuldades para o país.

Pesa sobre o governo Dilma o mesmo que aconteceu em Porto Alegre quando o PT governou por 16 anos a cidade. Um partido que permanece por três gestões à testa do governo sobre inevitável desgaste.

O PT é também contaminado nas últimas eleições pelo efeito gerado pelo Mensalão que continua como bandeira da oposição para impedir que o partido continue avançando no poder.

O eleitor brasileiro é um ser pouco engajado na luta política. Ele aparece publicamente porque o voto é obrigatório. Como não há tradição de participação democrática, os candidatos procuram o eleitor somente a cada eleição. Esta despolitização contribui para alimentar a volatilidade e instabilidade do eleitorado que oscila toda a vez que um fato novo surge.

Nossa política é frágil. Não temos reforma e os candidatos se obrigam a mendigar recursos privados para financiar as campanhas. Os fundos partidários não suportam os gastos e a corrida é sempre desigual. Há uma infinidade de siglas que funcionam como barganha visando fatias do poder. Com 32 partidos é impossível haver programas tão distintos.

A consequência desta situação é que cada vez menos surge a identidade partidária. Os partidos tornam-se camaleões da situação e mudam suas configurações programáticas com a chegada ao poder. E, sem fortalecimento partidário, as pessoas tendem a votar cada vez mais em pessoas e não em partidos ou programas.

Neste contexto situam-se a atual disputa nacional.

Pense nisto, enquanto há tempo!

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Senador aos 85 anos


Simon, depois de quatro mandatos, volta a disputar vaga.
Olala,
- Qual é o limite de idade para uma pessoa disputar cargo público?

No Rio Grande do Sul, uma situação inusitada levou o senador Pedro Simon a se candidatar pela quinta vez a senador. Cada um dos 26 estados brasileiros mais o distrito federal possuem três vagas de senador com mandato de oito anos sendo renovadas na proporção de 2 por 1 a cada eleição.

O fato do candidato a deptuado estdual  Beto Albuquerque ter sido convocado para vice nachapa de marina Silv, do PSB, ensejou a escolha de novo nome para a disputa ao senado no RS. O PMDB atraiu para si a tarefa da indicação do senador na coligação majoritária que tinha o PSB indicando o senador.

E escolha coube ao atual senador Pedro Simon, 84 anos. Aí recomeçam os cálculos para definir quem o Rio Grandedo Sul vai enviar para o Senado, já que estão na disputa o ex-governador Olívio Dutra, 71 anos, e o comunicador Lasier Martins, 72 anos além de outros cinco candidatos de outras coligações com limitadas chances de sucesso.

A Constituição brasileira estabelece como 30 anos a idade mínima para um candidato disputar o cargo de senador mas não fixa idade máxima para a disputa.

Seria de se supor que, na boa política e na boa democracia, houvesse o respeito à rotatividade nos cargos. Mas, a prática mostra que isso nem sempre acontece. Num Brasil onde a expectativa de vida tem avançado ano a ano, avança também o tempo de trabalho ativo. Isto faz com que também no trabalho, se admitam pessoas mais velhas. A vida útil de um trabalhador tende a ser mais longa e também as aposentadorias mais tardias. Em países da Europa ninguém se aposenta antes dos 60 anos, diferentemente do Brasil.

Como cada cargo público eletivo carrega consigo uma plêiade de outros cargos indicados pelo eleito é visível a disputa que se estabelece na disputa da vaga desenador que garante empregos por oito anos.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Revisionismo histórico

Olala,
As sociedades têm o direito de renomear locais públicos.
Emerge nos últimos dias o debate sobre a troca de nome de uma importante avenida que dá acesso a Porto Alegre.  A proposta visa alterar a avenida Castelo Branco para se chamar avenida da Legalidade e Liberdade.
O debate enseja o direito de uma comunidade alterar registros de logradouros  públicos de tempos em tempos. É o chamado revisionismo histórico que permite "reescrever" a História a partir do pensamento hegemônico cultivado especialmente pelos governantes. Observa-se que todos os locais públicos acabam sendo nominados conforme a ideologia dominante na época e com vistas a perpetuar fatos ou personagens cultuados pelos governantes.

A prerrogativa do revisionismo histórico cabe preferencialmente aos poderes Executivo e Legislativo, justamente por serem os poderes de Estado considerados legítimos, mas qualquer cidadão pode encaminhar ao Legislativo proposta de nominar ou alterar logradouros.

No tempo da ditadura as comunidades foram vilipendiadas no direito de nominar logradouros. Cito como exemplo desta aberração as alterações efetuadas no período da Segunda Guerra Mundial que determinaram a troca de nomes de cidades fortemente marcadas pela colonização italianas e alemã.  O fato de países como Alemanha e a Itália não serem aliados do Brasil, levou o governo brasileiro a trocar os nomes de cidades. Mas, não foram só as cidades que trocaram de nomes, muitas ruas, avenidas, prédios públicos como escolas acabaram nominadas com personagens alheios à realidade local. Assim Nova Trento  mudou para Flores da Cunha, Nova Vicenza virou Farroupilha e Sede Dante, Caxias do Sul.

Mas há casos alienígenas que ficam cristalizados nos locais. O que faz, por exemplo, uma escola estadual em Viamão se chamar Walt Disney se este personagem jamais pisou em solo gaúcho?  

Não há dúvida que quem domina tende a perpetuar nomes ligados à seus ídolos. Quem é pobre ou não está no poder, quase sempre é esquecido.  Em Sapiranga, por exemplo, o casal João Jorge e Jacobina Maurer lutavam no final do século 18 para que a população rural fosse assistida pelo poder público. O império sufocou a revolta matando os seguidores. Mas, para meu espanto, ao chegar à cidade, encontrei lá o busto do coronel Genuíno Sampaio que dá nome á praça e é nome de uma das maiores escolas no município, justamente o carrasco que comandou o fuzilamento aos Mukers. 

A Constituição avançou ao proibir que personagens vivos dêem nome a logradouros públicos. A proibição deveria valer em todo o país, inclusive no Maranhão onde a família de um senador tem nomes gravados em muitos espaços públicos.

Entendo que o revisionismo se faz necessário e deve possibilitar que a cada época possa registrar e alterar os nomes dos logradouros. Isto permite cultuar personalidades ou fatos que servem de exemplo para gerações.
Pense nisto enquanto há tempo!
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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

O eleitor brasileiro


O eleitor brasileiro vota com o coração e não com a razão. Testemunos atraem mais do que dados.

 
Olala,
O episódio da morte de Eduardo Campos sacudiu a eleição. Provocou uma alvoroço na disputa eleitoral tanto nos cargos de presidente como na disputa dos Estados.

Particularmente no Rio Grande do Sul, também balançou a disputa ao Senado, com a entrada de Pedro Simon, depois que o deputado federal Beto Albuquerque foi guindado ao cargo de vice-presidente da república na chapa encabeçada pela Marina Silva.
O sobe-e-desce nas pesquisas mostra a flutuação do voto do eleitor. Como explicar que Eduardo e Marina, juntos, hibernavam nos 9% de preferência do eleitorado e, agora, com Marina na cabeça, salta para 29%?

Meu filho me liga de São Paulo, o coração da eleição, para me dizer que Marina está despontando por representar um sentimento muito comum entre os brasileiros: o de se sensibilizar com os mais fracos. De certo modo, ele tem razão pois o perfil do eleitorado brasileiro se guia pela emotividade e não pela razão. É mais coração e menos cérebro.
Repete aquilo que vemos nos estádios. Vaia as autoridades e torce pelo time mais fraco. Somos uma cultura onde a solidariedade se manifesta mais forte entre os pobres. E isto se expressa na eleição. A voz calma e quase embargada da frágil Marina contrasta com o formalismo de Dilma e a arrogância de Aécio.

No campo político, nem sempre vence quem tem a melhor proposta, pois o componente emocional nem do eleitor nem sempre se pauta pela racionalidade das propostas. As pesquisas mostram há 30 dias da votação que nada está decidido e a flutuação do voto que é obrigatório, indica campanhas cheias de incertezas.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Lógica mental

Cérebro humano guarda mais fácil mensagens com reprodução lógica. Justo o que muitas propagandas não fazem.

Olala,
Passei a minha vida ajudando a construir propagandas eleitorais.  Sou do tempo do chilchê e da montagem de nomes e frase tirados da gaveta da Caixa Alta (maiúsculas) ou da Caixa Baixa (minúsculas).

Todas as propagandas eleitorais seguiam uma lógica. E a lógica passada ao eleitor é a da ordem de votação.

Antigamente era a urna de pano que recebia os votos, escritos ou assinalados com um “x” quando a escolha se dava na majoritária.

Mas, o Brasil mudou e avançou. Hoje a votação é eletrônica com o eleitor digitando o número dos candidatos numa ordem preestabelecida pelo TSE.

Chama-se atenção que muitos candidatos, não seguem a lógica do voto para a propaganda.  Ou seja, o correto seria apresentar os candidatos na seguinte ordem: deputado estadual, deputado federal, senador, governador, presidente. 

E tem mais, na leitura publicitária, esta sequência tem que ser feita iniciando na esquerda para a direita. Por exemplo, um deputado que inclua as logos das majoritárias, terá que colocar o senador, antes do govenador, antes do presidente.

Boa parte das dobradas entre os deptuados estão com posicionamento errado. Quando dois deputados são apresentados ao eleitor deveria-se observar o sentido do voto. Primerio o estadual, depois o federal, ou seja à esqueda do impresso o estadual e à direita o federal. Numa exibição inversa, o eleitor que seguirá esta lógica, encontrará na urna eletrônica o pedido deconfirmação da legenda e ambos perderão o voto, se não houver atenção e correção no momento de confirmar o voto.

Este erro publicitário cristalizado nas propagandas de rua e nos impressos, com certeza farácom que alguns candidatos percam o voto pela legenda. É por causa da propaganda mal posicionada que toda aeleição os incautos se surpreendem com tantos votos na leganda do partido.

Pense nisto, enquanto há tempo!

Sentimento de perda

Somente um pai presente gera imagens como a do filho de Eduardo Campos.

Olalá,
Não sei se dá para medir, mas fica visível que quando uma família está unida, o sentimento de perda de um dos membros gera situações comoventes.

Na última semana assistimos à partida prematura do Eduardo Campos, esposo e pai de cinco filhos, numa escala de dois a vinte anos.

Foi dolorido ver os filhos do militante político esperar pela angustiante chegada do pai depois do acidente aéreo onde pereceram também outras seis pessoas.

Deu para perceber que, talvez pela condição econômica e pela necessidade de preservar a herança política do neto de Miguel Arraes, a família de Eduardo Campos tenha  se beneficiado de condições de vida e emprego, como poucas famílias.

Mas, há um sentimento que não discrimina pessoas quando um ente querido se vai. A morte reduz os sentimentos à humildade da condição humana e nos faz iguais na dor.
Pude captar a serenidade e o semblante triste, mas não desesperador, de um filho de Eduardo no momento em que, rente ao caixão onde estão restos do pai, estende os braços e por momentos deseja perpetuar seu calor.

Somente um pai que marcou a vida de um filho é capaz de um gesto tão simples e, ao mesmo tempo, tão profundo que registra a partida de alguém que marcou a vida de um filho. Senti orgulho daquele gesto porque revelou um sentimento que deveria ser comum entre humanos.

Não tenho dúvidas, que se teve abreviada a  carreira política, Eduardo Campos deixou um legado que orgulha quem ainda acredita no valor da família.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Fuga de doutores e mestres


Plano do magistério gaúcho ainda não valoriza mestres e doutores.

Olala,
Tenho observado que poucos são os doutores e mestres que permanecem vinculados na rede estadual de ensino no Rio Grande do Sul. Tenho me ocupado com o estudo das razões por que isto acontece.

Atualmente e diferentemente das políticas do passado, um professor estadual tem multiplicadas as oportunidades de formação continuada, em serviço ou em licença qualificação profissional  pagas pela mantenedora. Isto significa que ficou mais fácil o professor se aperfeiçoar na sua área de atuação.

O próprio texto da CONAE 2014, por emenda nossa emanada do texto construído no RS, fez incluir a obrigação das mantenedoras, município, estado e união, financiarem a formação dos professores efetivos que estão nas carreiras.

Há inúmeros programas articulados pelos órgãos públicos e pelo MEC e em convênios com as universidades públicas e privadas  colocados à disposição de profissionais que desejam se aperfeiçoar na sua área.

Mas, não basta os governos apenas abrir a porta para a formação. É preciso acolher estes laureados mestres. E isto se faz contemplando e valorizando esta formação nas carreiras.

Observo que na carreira do magistério público estadual, o nível de valoração maior é o da pós-graduação nível de especialização. Não há espaço no atual plano para gratificar os mestres e doutores. E, por isso, muitos deles, após receber a formação, muitas vezes gratuita, acabam migrando para outras redes.

Este limitador impede que bons profissionais com avanço na formação integrem o quadro de carreira da educação pública estadual.

Pense nisto, enquanto há tempo.
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Meu pentavoto


É raro um eleitor gaúcho ter 100% de aproveitamento na eleição
Olala,
Estou feliz. Feliz porque meu país é democrático. Feliz porque como cidadão posso ajudar a definir o destino de meu país.
Não era assim quando nasci. Não havia eleições nem para prefeito. Eram incipientes para deputado e, os eleitos, tinham que dividir as cadeiras cm outros colocados lá de forma biônica.
Hoje os poderes Legislativo e Executivo são legítimos. Quem lá está, passa, a cada período de anos, pelo crivo popular. O voto, ainda obrigatório, porque somos uma nação ainda não plenamente civilizada, detém um poder extraordinário. Hoje o cidadão brasileiro dos 16 aos 70 anos, tem a obrigação de definir que política quer para o país. Isto é democracia.
Mas, a peculiaridade do voto deste ano, especialmente para mim, que tive uma militância associada à esquerda e ás causas sociais, tem um significado especial: poderei realizar a façanha de ser vitorioso nos cinco votos. Um pentavoto. Serei um pentacampeão.
Veja bem, na vida isto é raro. Não sei se você de esquerda se deu conta, mas se você abrir a mão e contar os cinco votos que você vai dar dia 5 de outubro, verá que pode ter cinco vitórias. Isto só acontece uma vez na vida de um eleitor.
Por isso estou mais feliz. Mas, mais feliz ainda porque vejo que esta vitória está sendo construída com a consciência militante de milhares de companheiros e companheiras que estão alinhados no mesmo projeto que eu. Isto é que é fantástico.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Suasuna, um mestre da cultura popular

Suassuna, foi um personagem que resgatou a cultura popular nordestina.
Olala,
Conheci Ariano Suassuna, numa ida à Recife, na década de 80. Confesso que tive deste personagem esguio a maior das impressões.  Na oportunidade ele dirigia um espetáculo chamado “Figural” que retratava o drama do homem nordestino. E, bem lembro que a peça de hora de duração não continua uma palavra sequer.
Achei fantástico um artista manter uma plateia ligada durante tanto tempo e abordando temas apenas com o recurso de instrumentos sonoros nascidos no rude agreste.
Pois, Ariano Suassuna, aos 87 anos nos deixa. Vítima de um AVC deixa um legado de obras literárias que viraram peças cênicas que retratam o quotidiano do povo sofrido do Nordeste.  Sua obra, talvez a maior, “O auto da Compadecida”,  foi reproduzida e recriada nos palcos e tornou-se referência internacional.  Ariano fez poesia, teatro e ficção de muita qualidade centrando sua contribuição no movimento armorial criado por ele para destacar as virtudes do povo nordestino.
Lembro que ele tinha um humor na fala capaz de servir para conscientizar multidões em auditórios fechados onde animava apenas pelo recurso da voz e do microfone. Amado por gerações, toda a palavra dita pelo poeta  recebia um tom de sátira com os temas do dia-a-dia.
Ele tinha a capacidade de falar sério brincando com as palavras. Sem deixar de ser universalista criticava o excesso de modismos importados que acabam no mundo das artes delapidando a cultura original dos povos.
Ariano se foi. Fica o testemunho de uma pessoa que fez a diferença na luta pelas raízes populares. Pense nisto, enquanto há tempo!
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quinta-feira, 15 de maio de 2014

Democracia e Cpers

A democracia pressupõe o voto e a rotatividade.
Olala,
Como professor de Filosofia ensino meus alunos a vivenciarem princípios. É a Filosofia que reflete sobre a ética e a moral. A ética trata dos princípios que uma pessoa segue, conforme sua consciência. A moral é a prática dos princípios, nos comportamentos do dia-a-dia.

Pois, passei a vida ensinando meus alunos de que uma sociedade só avança no processo civilizatório quando se seguem princípios. Um deles é a radicalização da democracia.

A democracia, nascida com os clássicos gregos e aperfeiçoada através das sociedades contemporâneas ensina que todas as sociedades, para serem democráticas, no momento de escolher seus dirigentes, têm que passar pelo voto. O sufrágio universal legitima os eleitos. O que acontece hoje nos cargos públicos do Executivo e do Legislativo. Já no Judiciário, o poder é legal mas não é legítimo porque não há voto popular para escolher juízes, promotores. Nos cargos executivos a democracia se dá com a alternância de poder.

Então, eu digo para meus alunos, para ser democrático, eu, como cidadão, posso eleger e reeleger um presidente, governador e prefeito. E, como corrigimos na Lei da Gestão Democrática, posso eleger e reeleger um diretor de escola.

No meu sindicato, para que não se fira a democracia, não posso dizer que o presidente do sindicato pode ser reeleito infinitas vezes. Se isto acontecer estou ferindo o princípio da democracia.

E é isto justamente que está acontecendo com o meu sindicato. A atual presidente, que já foi presidente por duas gestões, não pode ser eleita para uma terceira gestão, ainda que o estatuto da entidade permita e não tenha sido adequado ao princípio da democracia.

Portanto, está aí um fato que merece atenção de quem defende a democracia como princípio.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Quem apoia Dilma?

Olala,
Vivemos e viveremos dias difíceis nos próximos meses. Há protestos anunciados para todos os gostos. Hoje o foco da insatisfação centra-se no trancamento de estradas por caminhoneiros insatisfeitos com o reajuste do Diesel.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

O Piso do magistério

Reajuste de 8,32% é menor que o valor do aumento de 15% do Fundeb.

Olalá,
Retomo o debate sobre a questão do piso profissional salarial do magistério, já que acaba de sair o índice de 8,32% que eleva o piso para R$ 1.697,39 para uma jornada de 40h e de R$ 848,69 para 20h.

Considerando a inflação do período que chega a 6%, o percentual do piso representa ganho real de 2,32% nos vencimentos.

Mas, o maior problema é gerado nos estados e municípios que possuem vantagens de carreira que amplificam o valor final do vencimento já que o piso é base para os cálculos. Como se sabe, no RS e em outros 21 Estados onde não se cumpre a plenitude da Lei do Piso, restam dívidas em forma de precatório, devidas aos servidores.

O fato de o piso ter valor menor fixado em nível nacional se é um alento para quem não quer mexer na carreira, é, aos mesmo tempo, um dilema para quem não tem carreira e quer ter um vencimento maior no final do mês.

Entendo que a União fez prevalecer o bom senso. Nem os 15% estimados pelo cálculo do crescimento do Fundeb, nem os 6% do INPC.  Já opinei sobre isto.

Continuo insistindo que o debate sobre o piso não pode ser regionalizado. Ele nasceu como um tema nacional visando equilibrar os vencimentos dos professores do país. E, defendo que o tema não seja discutido separadamente do debate nacional sobre carreira e jornada. O tripé piso-carreira-jornada tem que estar no mesmo nível de discussão. E em nível nacional. Sem esta isonomia construída por governos e entidades de classe, não há salvação.

Enquanto o tema for tratado apenas á luz das legislações estaduais ou municipais, não se terá avanços na ideia de se chegar á tão sonhada dignidade profissional do magistério.

Pense nisto, enquanto há tempo.
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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Técnica de abordagem policial

Olala,
Policial tem que avaliar quando deve usar arma.
O comerciante Valdir Cardoso, de Estrela, não esperava ser vítima de policiais.
Ele é dono de uma casa lotérica e, no sábado pela manhã teve o infortúnio de ser visitado por um assaltente. O assaltante, egresso do semi-aberto, adentrou a loja e anunciou o assalto pedindo para que todos deitassem ao chão.

Ato contínuo, o assaltante parte para o esvaziamento de gavetas, recolhendo o dinheiro que encontra. Quando esgota a busca por dinheiro, decide abandonar o local rumando porta afora. Mas, avisada, a BM chega nas mediações com policiais. O delinquente decide, então, mudar de plano. Recua da fuga, retorna e se junta aos clientes rendidos por ele. Antes, joga a arma numa lixeira.

Percebendo e lendo a tática do assaltante, Valdir decide levantar-se pegar a arma do bandido e, identificado, dar-lhe voz de prisão. Valdir mantém a arma apontada enquanto vê os brigadianos chegando a sua loja.

Os policiais adentram o estabelecimento e anunciam a rendição do único homem que encontram armado. Este, sem o cacoete dos bandidos, decide não abandonar a arma e se vira na direção dos policiais para tentar explicar o ocorrido. O gesto abrupto de se virar para a autoridade policial desperta o revide so policiais que disparam no homem, sem saber que ele é refém.

A cena, comum em abordagens policiais, é retrato da falta de profissionalismo dos brigadianos que sumariamente abrem fogo sem verificar quem está do outro lado. Ao simples gesto de ameaça por arma, revidam descarregando suas armas.

Neste caso, fica claro que toda a abordagem policial precisa de precaução para evitar que os agentes da lei se tornem foco de geração de mais violência.
Pense nisto, enquanto há tempo!
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